Comidas fake: veja cinco alimentos que não são o que parecem
Os rótulos enganam, os processos de manufatura alimentícia não parecem ser tão confiáveis quanto nós gostaríamos que fossem e vez ou outra um escândalo acaba mostrando isso pra gente: lembra dos mais de 12 países europeus atingidos pelo escândalo envolvendo venda de carne de cavalo no lugar de carne de vaca no início desse ano? A carne de cavalo no lugar da de boi e vaca, aliás, nem é exclusividade europeia: no início do mês, em Pernambuco, a polícia apreendeu 500 quilos de carne de cavalo que estavam sendo usados para fazer cachorro-quente.
Nos EUA, a ONG U.S. Pharmacopeial Convention informou, em janeiro deste ano, que entre os alimentos mais camuflados nos EUA estão o azeite, que é vendido misturado com óleos mais baratos, o chá, que é diluído com outras ervas - até grama! - e temperos como páprica e açafrão, que são adulterados com corantes de alimentos que imitam as cores desses condimentos.
Ninguém está à salvo: a realidade é que só dá pra ter certeza do que se está comendo se é você o responsável pela cadeia de produção da sua comida. E como isso é algo muito raro nesses tempos, vale lembrar os cinco alimentos que você achou que estivesse comendo mas, na verdade, não passam de pura engenharia alimentícia.
Alimentos integrais são grãos que não passam por um processo de refinamento. Com as fibras preservadas, eles ajudam a limpar o organismo: mantém os níveis de colesterol baixos e controlam os picos de insulina no sangue, aumentando a saciedade e facilitando o emagrecimento. Só que comprar pães e biscoitos integrais não é tão fácil quanto parece. É que a Anvisa não estabelece nenhuma regra para a fabricação desses produtos, como por exemplo uma porcentagem mínima de farinha integral na composição para que ela possa ser chamado assim. Comece a ler as embalagens com bastante atenção e você vai reparar que a maioria desses alimentos nas prateleiras também inclui farinha refinada na composição. Ou seja: na maioria das vezes, pão integral não é 100% integral. E em alguns casos, a porcentagem de farinha integral pode chegar a apenas 30%. Para ter certeza que não está levando gato por lebre, lembre-se dessa dica: o pão realmente integral tem de 3 a 5 gramas de fibras a cada 50 gramas de pão. Fique de olho na tabela nutricional.
O chuchu é o vegetal mais sem personalidade que existe. E a cereja é cara no mundo tropical. Por isso, confeiteiros e culinaristas muitas vezes recorrem a um truque culinário que transforma o chuchu em cerejas em calda. Elas são usadas em bolos e tortas, e você provavelmente já comeu muito chuchu por cereja nessa vida. Claro que cerejas frescas, daquelas que a gente só come no Natal (e que são importadas) não fazem parte da farsa alimentícia. Mas aquela cerejinha que enfeita a fatia de bolo da padaria da esquina por cima do marshmallow provavelmente é uma farsante.
Carne de siri que é feita de todo o resto que há no mar, menos siri
Ele é a estrela do restaurante japonês: o kani é o coringa dos sushis mais sem-graça da bandeja. É usado também em saladas orientais e até como snack. O kani, como se sabe, é feito de carne de siri processada. Só que não. Carne de siri de verdade é cara - e o kani que conhecemos certamente não seria tão abundante assim se esse não fosse o caso. A principal matéria prima do kani é o surimi, uma massa feita de carnes de diferentes tipos de pescados e misturada com coisas como amido de trigo, clara de ovo, açúcar, extrato de algas, extratos aromatizantes de caranguejo e lagostas, sal, vinho de arroz e até glutamato monossódico, uma substância difícil de ser metabolizada pelo corpo e que pode até causar câncer. O pigmento rosa? É Colchonilla, um corante alimentício avermelhado que é obtido esmagando-se um inseto vermelho de mesmo nome.
Não tem nada mais aconchegante do que o cheirinho de pipoca amanteigada ao entrar no hall do cinema. Aquele cheiro antecipa todo o lazer e conforto o que você espera das duas horas que vai passar aninhado naquela poltrona. Pena que esse aroma tão emblemático é uma farsa. Para você ter uma ideia, em 2011, redes de cinema norte-americanas se recusaram a informar exatamente o que eles colocam em suas pipocas. Manteiga é cara e existem alternativas mais baratas e que não deixam a pipoca tão murcha: as pipocas de cinema costumam ser banhadas com óleo de soja com sabor artificial de manteiga, além de um pouco de beta caroteno pra ajudar na cor.
(fotos: Wikimedia Commons)
Adorei as dicas. Do pão já sabia, mas as outras choquei...eu que adoro cereja. E o chocolate então? Realmente não tem mais gosto de nada.
ResponderExcluirObrigadão!!!
Oi Carla,
ResponderExcluirQue horror isso! E o pior é que comemos sem saber direito o que é!
Sobre sua pergunta, minha cozinha tem 2,5X 3m.
Beijos
Carla,
ResponderExcluirEu tenho que fazer um post sobre a minha reforma!
Moro em um sobrado, daqueles só com um espacinho aberto nos
fundos e eu fechei todo o espaço, integrando sala e cozinha, nem
sei como te explicar, se eu estiver em frente a minha pia, vejo a geladeira de frente para mim, em um outro ambiente, separado por uma espécie de passa prato! Vou tentar fazer esse post para segunda, vamos ver... se eu tivesse que colocar a geladeira no mesmo ambiente, teria que ser em frente a pia, onde tenho o cantinho do café!
Beijos